quinta-feira, maio 22, 2008

MEMÓRIA E EDUCAÇÃO

COMENTÁRIOS MOISÉS BASÍLIO: Nas minhas navegações pela rede, encontrei esse sítio, da educadora Zilda Kessel, com informações interessantes para quem trabalha com memória e educação.

Fonte: Sítio Memória e Educação de Zilda Kessel, acessado em 22/05/2008 - www.memoriaeducacao.hpg.ig.com.br/index.htm

APRESENTAÇÃO

Aqui você encontra referências sobre Memória e Educação e informações sobre projetos de memória realizados por escolas e comunidades.

A idéia deste site nasceu durante a elaboração da dissertação "A construção da Memória na Escola". Reuni textos teóricos, sites, artigos e relatos abordando as diferentes possibilidades do trabalho com memória na escola.

Contribuições e comentários são muito bem-vindos.

Zilda Kessel

Projetos

Aqui você encontra uma seleção de projetos de memória realizados por escolas ou para escolas.

Projeto Memória Local
Parceria do Instituto Museu da Pessoa e do Instituto Avisa Lá, tem por objetivo a implantação de projetos de memória local em escolas públicas de Ensino Fundamental. Integra atividades de formação de professores para o trabalho com memória, leitura e escrita e contribui para a inclusão digital dos participantes que se tornam agentes de sua própria história. Realizado nas cidades de Ituiutaba, Uberaba, Rio de Janeiro e Santos. Foram produzidos sites e exposições.

Estação Memória
Espaço de informação e de cultura, implantado na Biblioteca Municipal Álvaro Guerra, em Pinheiros, SP. A Estação Memória promove atividades permanentes de resgate e construção da memória junto a grupos de idosos e estabelece um espaço de encontro e de diálogo inter-geracional destes idosos com alunos de escolas públicas. Parceria da ECA/USP com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, coordenada pelo Prof. Edmir Perrotti.

A Escola: Centro de Memória e Produção de Comunicação/Cultura
Projeto de memória do bairro do Jardim da Saúde, em São Paulo, realizado pelos alunos da Escola Estadual Raul Fonseca, entre 1997 e 1999. O projeto foi implantado por uma equipe da ECA/USP, liderada pelo Professor Luiz Roberto Alves. Foram recolhidas histórias de moradores, recuperadas e reconstruídas na escola tradições culturais e mapeados espaços importantes da história do bairro. Foram produzidos Cd e publicação.

Um processo coletivo de formação continuada pelos caminhos da memória local
Projeto de formação continuada de professores de ensino fundamental de Angra dos Reis tendo a história local da comunidade como elemento de construção da identidade das professoras. O trabalho pedagógico junto aos alunos propiciou o resgate da história da Banqueta e a articulação da comunidade em torno de sua história e de suas reivindicações. Liderado pela Profa. Sônia Nikitiuk

Contos históricos no processo de alfabetização em Diadema

Textos

Aqui você encontra textos que abordam questões relativas à Memória e à Educação.

Sobre ensino de história

A História ensinada nas propostas curriculares (Brasil últimas décadas no século XX)
RIBEIRO, Renilson Rosa

Analisa as idéias e tendências historiográficas em que se baseiam as propostas curriculares da área de História entre 1984 e 1995. O período foi marcado pela intensa discussão e pela implantação de novas linhas de ensino para a disciplina.
http://www.bibli.fae.unicamp.br/etd/editorialv3n2.pdf.

A CENP e a criação do currículo de História: a descontinuidade de um projeto educacional
MARTINS, Maria do Carmo

Recupera o processo de construção da proposta curricular de História para o Estado de São Paulo, entre os anos de 1986 e 1992, as idéias e os conflitos que marcados pelas discussões acadêmicas, as divergências políticas e ação da imprensa que as tornou públicas
http://www.bibli.fae.unicamp.br/etd/editorialv3n2.pdf.

Sobre memória e identidade

Memória e Identidade Social
POLLAK, Marc

Apresenta a importância da memória para a construção do conceito de identidade individual e coletiva. Tanto a Memória como a identidade são valores disputados em conflitos sociais e intergrupais
http://www.cpdoc.fgv.br/revista/asp/dsp_edicao.asp?cd_edi=24

Sobre educação e tecnologias

Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias
MORÁN, J. M.

Aborda as possibilidades proporcionadas pelas Novas Tecnologias de Comunicação e Informação para o trabalho pedagógico
http://www.eca.usp/prof/Moran


Bibliografia

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terça-feira, maio 13, 2008

MANIFESTO EM DEFESA DA JUSTIÇA E CONSTITUCIONALIDADE DAS COTAS

Comentário Moisés Basílio: Sou a favor da política de cotas e já assinei pela internet o manifesto que divulgo nesse blog, e que tem como destinatário o Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal - Gilmar Mendes. Axé!

Para assinar o Manifesto entre em: www.manifestopelascotas.net

Para ler o manifesto entre em: Leia o Manifesto

Mensagem recebida do Quilombhoje em 13/05/2008 em apoio ao Manifesto

Há cento e vinte anos, africanos e seus descendentes, depois de trabalharem no Brasil por quase quatrocentos anos de graça, foram jogados na rua sem direito a qualquer tipo de indenização.
Imagine que você trabalha durante anos em algum lugar, e de repente te mandam embora sem pagar férias, décimo terceiro, fundo de garantia, nada... (No limite da comparação, a situação é a mesma.) Isso seria correto? Se vc acha que sim, provavelmente não vai querer assinar o manifesto abaixo.
Caso contrário, se você crê que as ações afirmativas e as cotas são o mínimo que o Estado brasileiro e as elites podem fazer para reparar um grave erro que se perpetua, acesse o link e assine carta.
Só lembrando: os que são contra as cotas fazem um grande barulho e a mídia repercute. Os que silenciam de certa forma compactuam com isso.

120 anos da abolição. O que comemorar?

Comentários Moisés Basílio: Em 13 de maio de 1888, na cidade do Rio de Janeiro, naquela época Capital do Brasil e sede da Corte, a pressão de um amplo Movimento Popular Abolicionista, as mudanças da estrutura econômica do país com o crescimento do trabalho assalariado nas lavouras de café, a pressão da comunidade internacional contra a escravidão, e depois de anos de discussões, finalmente o Congresso Nacional de então aprova o projeto de lei que põe fim ao regime de escravidão no Brasil. Com a ausência do Imperador D. Pedro II, que estava em viagem, coube a Princesa Isabel, representante legal do poder executivo nacional assinar e promulgar o que ficou conhecida com Lei Áurea.
Hoje, 120 anos depois, o que comemorar? A palavra comemorar entre outras acepções, significa trazer de volta à memória. Vejo então que é importante trazer de volta os limites da lei Áurea, de 120 anos atrás. Sem dúvida ela foi fundamental para estabelecer a Liberdade entre nós. Mas uma Liberdade limitada ao plano jurídico formal, que não proporcionou o estabelecimento da Igualdade, vista com oportunidades no plano econômico e social, e também deixou frouxo os preceitos da Solidariedade, visto a permanência das manifestações e praticas racistas em nosso país.
Reproduzo a seguir o texto do meu mestre Nei Lopes sobre sobre o sentido do 13 de maio neste ano de 2008, por concordar com sua abordagem. Para que quiser ler mais coisas interessantes sobre o significado desta data, segue sugestão de leitura abaixo. Axé!

TREZE DE MAIO, O RESGATE
Autor: Nei Lopes
Fonte: Blog Meu Lote - www.neilopes.blogger.com.br

Na comunidade humana não existem raças, todos sabemos. Mas o racismo existe, sabemos também. Como sabemos, ainda, que no Brasil ele nos atinge principalmente a nós, pretos e mulatos, ou seja, aos negros. Sabemos, mais, que, aqui, os negros são os mais pobres exatamente porque são negros. Essa condição ainda é conseqüência do histórico “13 de maio”, quando a escravidão foi abolida sem nenhum projeto de beneficio social para os emancipados. E, para reparar o erro, lutamos pela adoção das chamadas “ações afirmativas”, entre as quais as políticas de “cotas”.

Os opositores das ações afirmativas, hoje tão discutidas, costumam argumentar dizendo que elas são inconstitucionais por ferirem o princípio da igualdade expresso no art. 206 da Constituição Federal. E com relação à adoção de políticas de cotas nas universidades, outros argumentam com a autonomia das universidades, assegurada pela Constituição em seu art. 207.

Entretanto, é bom observar que, na elaboração de uma lei, um dos elementos principais a serem considerados é o aspecto social. As leis são feitas para organizar as condições de vida das pessoas dentro da sociedade e tornar possível a boa convivência. As prerrogativas legais concedidas às pessoas devem ser exercidas não apenas em proveito próprio mas também levando-se em conta os interesses sociais. Assim, o estudante bem formado tem todo o direito de ocupar sua vaga na melhor universidade, desde que essa ocupação não represente a exclusão de milhares de outros que não tiveram oportunidade de se formar bem. E o princípio de ação afirmativa contido na política de cotas para negros nas universidades, o que visa é corrigir uma desigualdade mais do que comprovada.

Apesar de nossa Constituição proclamar que os direitos devem ser iguais para todos os brasileiros, este ideal até agora não se concretizou para o povo negro como um todo. Então, tratar de maneira diferenciada um grupo que teve e tem menos oportunidades de acesso a saúde, educação, moradia, trabalho etc, embora pareça inconstitucional, é uma obrigação do Estado brasileiro, em atenção ao princípio de que toda Lei deve ter um alcance social, sendo feita e posta em prática para beneficio de toda a sociedade. Mesmo porque o que a lei condena é a discriminação e não a aceitação da diversidade.

Esse tratamento diferenciado não é um privilégio e, sim, uma tentativa de diminuir a enorme desigualdade social que exclui o povo negro, concedendo a este povo, finalmente, direitos que sempre lhe foram sonegados por conta das várias formas de racismo sob a quais sempre se escondeu a propalada “democracia racial” brasileira. Criar políticas de ação afirmativa em beneficio do povo negro, isto sim é que é “democracia racial”. Pois é criar oportunidades de acesso à completa cidadania, começando pela educação, levando em conta a diversidade étnica de toda a população.

Mas só instituir essas cotas não basta. Observemos que hoje, entre as melhores universidades públicas brasileiras, apenas a Universidade Federal de Goiânia tem em seu corpo docente mais de 1% de professores negros – para sermos mais exatos, tem 1,2%. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ, que aliás foi a primeira a instituir o sistema de cotas em seu vestibular, tem apenas 0,21% de negros entre seus 2.300 professores.

A erradicação do racismo no Brasil, então, pressupõe melhorar a educação em todos os níveis. E, além da educação, melhorar a saúde, as oportunidades de emprego, as condições de moradia, transporte etc.

Nesse quadro, o ingresso de alunos negros e futuros professores nas universidades (o simples fato de chegarem eles ao vestibular, apesar de todas as condições adversas, é seu grande mérito) através do sistema de cotas (naturalmente abolido quando seus objetivos forem totalmente atingidos) é o principal resgate da dívida que a sociedade brasileira contraiu com o povo negro há exatos 120 anos.


Revista de História da Biblioteca Nacional
Maio de 2008

Abolição em oito tempos
Oito especialistas refletem sobre as origens, o processo e os efeitos do fim da escravidão no Brasil

O texto é curto e direto: “Fica abolida a escravidão no Brasil. Revogam-se as disposições em contrário”. Onze palavras que mudariam o nosso futuro. Com o fim do cativeiro, o país entraria em uma nova fase, próspera e igualitária. Festa, júbilo, comoção coletiva nas ruas.

Cento e vinte anos depois, a promessa sugerida naquele belo pedaço de papel soa envelhecida como o próprio. Em que ponto do caminho as coisas deram errado?

Provavelmente, antes mesmo daquele 13 de maio de 1888. Para voltar no tempo e tentar entender o modo como a Abolição foi concebida e se desdobrou, convidamos oito estudiosos a refletir sobre diferentes aspectos daquele momento histórico.

O resultado revela o “jeitinho brasileiro” de acabar com a escravidão. Do ponto de vista religioso, nos separamos do destino norte-americano. Na esfera política, a autoria do feito foi disputada por republicanos e monarquistas. A princesa Isabel virou santa, a reforma agrária foi engavetada e o papel dos próprios negros, ignorado. Para completar, um vôo até a África de hoje, onde a escravidão persiste.

A Abolição ganha contornos reais.

Textos que você encontrará nesta matéria especial:

O papel das religiões - José Murilo de Carvalho
Sensibilidade inglesa - Manolo Florentino
Cor que faz a diferença - Wlamyra R. de Albuquerque
Liberdade é terra - Maria Alice Rezende de Carvalho
Abolição como dádiva - Lilia Schwarcz
Monarquia redentora - Robert Daibert Jr.
Contra a corrente, a cultura negra floresce - Nei Lopes
A abolição que não veio - Alain Pascal Kaly

Leia os textos completos na edição do mês de maio, nas bancas

terça-feira, maio 06, 2008

LABORATÓRIO DE GEOMORFOLOGIA E EROSÃO DOS SOLO

Comentários Moisés Basílio: Olha aí a página do meu filho Pedro na Universidade Federal de Uberlândia. Axé!


PEDRO CARIGNATO BASÍLIO
LEAL

Biografia:

Atualmente é estagiário do Laboratório de Geomorfologia e Erosão dos Solos - Instituto de Geografia- Universidade Federal de Uberlândia.

Projeto de Pesquisa

Título: AVALIAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS E DE ÁREAS DEGRADADAS NO DOMÍNIO DO CERRADO. ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA.

Pesquisador Principal: Pedro Carignato Basílio Leal (Graduando)

Pesquisadores Participantes: Alcione Hermínia da Silva, José Fernando Pinese Júnior, Iron Ferreira de Andrade.

Orientador: Prof. Dr. Sílvio Carlos Rodrigues

Órgão Financiador: FAPEMIG

Resumo: O presente projeto trata da avaliação de processos erosivos e de áreas degradadas no domínio do Cerrado. Para tanto é necessário compreender sua dinâmica de evolução e dentro dessa dinâmica os fatores geomorfológicos, climáticos, geológicos, pedológicos e antrópicos.
Visando gerar como produtos a cartografia da erosão ao longo do espaço e do tempo e também taxas de evolução da erosão, seguimos com os seguintes objetivos específicos:

• Montagem de metodologia para avaliar a evolução de processo erosivo do tipo voçoroca utilizando-se de GPS de precisão durante um período de dois anos, mensurando o avanço dos dígitos e paredes laterais do mesmo a intervalos fixos de tempo;

• Levantamento topográfico da voçoroca dentro da Fazenda Experimental do Glória;

• Monitoramento da evolução das bordas de voçoroca, utilizando-se do método estaqueamento, buscando detectar os pontos de maior avanço da erosão através de mensurações periódicas;

• Elaboração de mapas de uso do solo e de cobertura vegetal natural, utilizando-se imagens de satélite e fotografias aéreas;

• Comparar diferentes softwares utilizáveis para a elaboração de uma cartografia digital, com ênfase no mapeamento de processos erosivos.

Currículo Lattes