EM MEMÓRIA
Aos companheiros e companheiras que tiveram ligações com a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo.
Nosso companheiro CARLUCIO CASTANHA, que em 1987 encabeçou a chapa da Oposição, faleceu
nesta madrugada, em Recife, vítima de parada cardíaca. Carlúcio vinha enfrentando uma situação muito dificil devido a deficiências cardiovasculares. Aguardava um doador para o transplante do coração. Essa cirurgia foi, segundo informações, realizada ontem. Porém, uma parada cardíaca impediu que o resultado fosse poistivo.
Carlúcio nos deixa, mas seu testemunho de militante lutador ardoroso pela construção de um mundo de justiça social e de solidariedade fica para sempre em nossa memória.
04 de abril de 2008
Fraternalmente
Waldemar Rossi
Grupo Mulher Maravilha: Carlúcio não resiste a transplante
Poucos dias após da morte de João Francisco, morre Carlúcio Castanha. Ex-metalúrgico e sindicalista, Carlúcio é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, reconhecido nacionalmente por sua luta incansável contra a ditadura e qualquer outro tipo de opressão. Depois de anos de espera na fila por transplante de coração, quando chegou a sua vez ele não resistiu.O velório será hoje (sexta-feira) a partir das 10h, no MTC (Movimento dos/as Trabalhadores/as Cristãos/ãs), Rua Gervásio Pires, 404 Boa Vista – Recife. O corpo será enterrado amanhã (sábado) às 10h, no Cemitério de Santo Amaro. Carlúcio deixa saudades e uma história de luta por democracia. Viva Carlúcio!
O presidente Lula abriu um espaço na agenda ontem para lembrar o Lula metalúrgico. Durante 40 minutos, suspendeu uma agenda política com os pré-candidatos ao governo do estado e deputados para encontrar Carlúcio Castanha, amigo dos tempos de dureza no ABC Paulista. Eles trabalharam na mesma montadora de veículos e participaram da fundação da CUT e do PT, no final dos anos 70 e começo dos 80. Carlúcio, que mora no Recife, enfrenta sérios problemas cardíacos e espera na fila por um transplante de coração.
Lula telefonou para o companheiro quatro dias antes da chegada a Pernambuco. Surpreso com o convite, o ex-operário ignorou as restrições dos médicos, que tentaram vetá-lo de emoções mais fortes. Os dois tomaram café da manhã na suíte presidencial de um dos melhores hotéis da capital pernambucana. “Quando eu entrei, chamei ele de presidente. Ele respondeu: ‘presidente o que? A gente é peão‘ e me abraçou. Foi um papo de dois metalúrgicos”, contou. Os dois só relembraram os tempos da CUT e do início do PT. “Já arengamos muito e estivemos em lados contrários”, conta Carlúcio. Só não falaram de outra paixão em comum, o Corinthians. Carlúcio está proibido pelos médicos de assistir aos jogos, especialmente agora, que o time está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
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